Carta do Patriarca de Lisboa ao clero, aos religiosos e religiosas, e às comunidades cristãs, a convocar para a abertura do Ano Jubilar 2025
Irmãos e irmãs: «graça e paz a vós, da parte de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo!» (Rm 1, 7).
O ser humano é marcado pelo passar do tempo e é nesse mesmo tempo que Deus entrou pela Encarnação do Verbo, transformando o tempo cronológico em tempo kairológico, isto é, tempo de graça, em que a visita de Deus e da Sua Palavra criadora regenera a humanidade. Cada Ano Jubilar é, por isso, oportunidade de celebrar de forma renovada e mais profunda a proximidade de Deus a cada homem e mulher.
O Jubileu 2025 foi convocado pelo Papa Francisco sob a égide do tema «Peregrinos de Esperança». Este tema é particularmente pertinente para a época que vivemos e convido todos a lerem a Bula de Proclamação, Spes non confundit, de 9 de maio de 2024, onde se encontram muitas e pertinentes indicações para este Ano Santo. No início do próximo Advento também publicarei uma Carta com alguns elementos que me parecem oportunos para este momento da nossa Igreja Diocesana e para percorrermos ao longo do próximo ano um caminho de renovação cristã, individual e eclesial, de aprofundamento da vida teologal.
Na próxima Noite de Natal, o Papa Francisco abrirá na Basílica de São Pedro em Roma a Porta Santa, dando início ao Jubileu. O Santo Padre também definiu que, nas Dioceses de todo o mundo, o Bispo diocesano celebre a Santa Missa como abertura do Ano Jubilar no dia 29 de dezembro. Deste modo, dirijo-me aos sacerdotes, diáconos, religiosos, religiosas e irmãos leigos para convocar todos e cada um a participar na Celebração Eucarística na Sé Patriarcal, na Festa da Sagrada Família, Domingo, 29 de dezembro, às 17 horas. Esta celebração será precedida de uma procissão a partir da Igreja de São Domingos, que todos somos convidados a integrar, a partir das 15 horas, dirigindo-se para a Sé, cantando, rezando e meditando. A Comissão Diocesana do Jubileu 2025 enviará mais pormenores.
«A esperança não engana» (Rm 5, 5): nos momentos de trevas, de dificuldades e de sofrimento, nunca duvidemos que Jesus Cristo está connosco e nunca nos abandona. Deixemo-nos envolver por esta certeza e de a vivermos em cada dia da nossa vida. Sobre a esperança, ouvi dizer um dia a um santo eremita: «não devemos ficar à espera que as coisas aconteçam, mas devemos fazer acontecer as coisas».
Peço a Deus que a todos abençoe e fortaleça no caminho de esperança.
Lisboa, 25 de outubro de 2024, Solenidade da Dedicação da Sé Patriarcal.
† RUI, Patriarca de Lisboa
FOTO: Arlindo Homem/Patriarcado de Lisboa